quarta-feira, 19 de abril de 2017

Cartaz e texto



"CARTA A UM AMIGO
Uma estrada nunca será diferente, por muito que possa ser percorrida apenas a erosão e o tempo modificarão os seus traços ou o próprio planeta lhe dará outro rumo, um rumo que possa permitir aos homens e aos anjos caminhar lado a lado.
Muito além do homem ou do artista Ângelo Vaz faz deste percurso um estudo quase matemático, mas subjetivo e abstrato onde apenas os homens com alma tem o privilégio de saber para onde se dirigem os pés e que divindades pressupõem o critério da sua obra plástica.
Jamais desatento às inquietações do mundo, Ângelo Vaz, envolve-se e entrega-se à totalidade de si próprio num turbilhão de emoções que se completa pelas mensagens muitas vezes ocultas, nas pinceladas que o transformam e que transformam a sua obra.
Caminhar num mundo em constante evolução atribuindo a tarefa a seres divinos de o mudar não é nem será jamais um atributo dos deuses ou um singular pedido aos céus onde mora um SER grandioso e introspetivo.
A metáfora surge perante os nossos olhos como uma alucinação despercebida e como um raio de luz proveniente dos tantos anjos que vivem a vida de Ângelo e que dele fazem parte nesta busca de paz interior e reflexão.
ANJOS EM TERRA não são nada mais que o sonho a ser realizado pelas mãos sábias de um mestre em ação.
A arte não tem fórmulas matemáticas, o artista é o matemático de si próprio nas matemáticas do seu Eu e, a matemática de Ângelo não é nada mais que um corredor de caminhos diversos para onde se vão dirigindo seres divinos que lhe complementam a alma e, dando-lhe assim o livre arbítrio de modificar o que vai observando ao seu redor sem a preocupação como ponto de partida das coisas que vai interiorizando, mas sim, a procura incessante de um caminho onde não só ele possa caminhar mas que seja do próprio mundo.
Falar da obra de Ângelo Vaz é deixar gritar uma voz para dentro do corpo com o livre arbítrio de SER LUZ enquanto homem e Artista.
© Paulo Themudo
Fevereiro de 2017 "

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